Sentado à porteira

Sentado à porteira (José Carlos de Bom Sucesso – Academia Lavrense de Letras)

Do alto da porteira,

Na manhã fria do mês de maio.

O poeta vai à estrada

Contemplar a paisagem matutina.

Vê o tucano voando baixo

De uma árvore e pousando na outra.

As formigas acordaram cedo

Indo carregar as folhas que estão picadas.

A mariposa voa desordenada

E vai sumindo entre as folhagens secas.

O vento úmido soprando no horizonte

Levanta os fios de cabelo tingidos pela natureza.

O bezerro berra perto do curral

Esperando o carinho da mamãe vaca.

A névoa branca ainda colore as árvores do horizonte

Deixando vê-las somente os troncos.

A rolinha pousa suavemente no mourão da cerca

Para comer o inseto que voava despercebido.

O sol nascente reflete o orvalho

Dando o brilho imaculado.

O poeta sorri e feliz está,

Pois a natureza lhe presenteou

Com a riqueza daquela manhã fria

Na relva da natureza daquele sábado.

JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO
Enviado por JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO em 15/05/2022
Código do texto: T7516631
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