PRAÇA DA ALFÂNDEGA
Começa logo ali
Esquina das conhecidas
Rua dos Andradas e ladeira
A de muitos aconchegante
Praça da Alfândega
Por ela espalha-se
A diversidade de comércio
Ambulantes, índios, andinos, hippies
Buscando seu ganha pão
No dia-a-dia itinerante das pessoas
Cercada pela imponência dos arranha-céus
Encontra-se museus, memoriais
Shopping e clubes tradicionais
No coração do centro da cidade
Encontro financeiro, bancos de todos os lados
Ainda que alguém queira
Diversão não há de faltar
Vejo lugares que parecem demarcados
Aposentados preparando-se para o jogo de damas
Outros apenas ao encontro rotineiro dos amigos
Mas no cair da noite
Causa um certo medo aos que por ali passam
Mulheres que cobram pelo prazer
Homens que se escondem no sombrio
Enchem de receios aqueles que esperam respeito
Mas têm dias que a praça se enche de graça
Quando no final de outubro
Ela se enfeita a espera
Da tão famosa feira do livro
Deixando Quintana e Drummond contentes
Eles que passam o ano inteiro ali
A espera de bons leitores
Anseios de um povo feliz e culto
Têm neste momento seus dias de glória
Não apenas estátuas de cobre, o que por ora são