PRAÇA DA ALFÂNDEGA

Começa logo ali

Esquina das conhecidas

Rua dos Andradas e ladeira

A de muitos aconchegante

Praça da Alfândega

Por ela espalha-se

A diversidade de comércio

Ambulantes, índios, andinos, hippies

Buscando seu ganha pão

No dia-a-dia itinerante das pessoas

Cercada pela imponência dos arranha-céus

Encontra-se museus, memoriais

Shopping e clubes tradicionais

No coração do centro da cidade

Encontro financeiro, bancos de todos os lados

Ainda que alguém queira

Diversão não há de faltar

Vejo lugares que parecem demarcados

Aposentados preparando-se para o jogo de damas

Outros apenas ao encontro rotineiro dos amigos

Mas no cair da noite

Causa um certo medo aos que por ali passam

Mulheres que cobram pelo prazer

Homens que se escondem no sombrio

Enchem de receios aqueles que esperam respeito

Mas têm dias que a praça se enche de graça

Quando no final de outubro

Ela se enfeita a espera

Da tão famosa feira do livro

Deixando Quintana e Drummond contentes

Eles que passam o ano inteiro ali

A espera de bons leitores

Anseios de um povo feliz e culto

Têm neste momento seus dias de glória

Não apenas estátuas de cobre, o que por ora são

Aprendiz de Mulher
Enviado por Aprendiz de Mulher em 24/11/2005
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