As Desventuras de Um Vaqueiro

As Desventuras de Um Vaqueiro

À sombra de um Juazeiro.

Um jovem e humilde vaqueiro.

Confessa a um amigo

as suas mágoas.

Em tons de uma toada.

Lavou seu rosto de lágrimas

Do seu coração sofredor.

Amava muito a mimosa Maria.

Mas, ela tão sensível e desligada.

Que não entendia nada!

Do sincero amor, que o jovem sentia.

Vaqueiro, tão corajoso,honesto e lisonjeiro.

Acontece que o bondoso Antônio.

Pensou melhor na sua história.

Rezou e pediu a Nossa Senhora.

Muitos conselhos e muitas bênçãos!

Embora constrangido, pediu abrigo aos amigos.

E aproveitou a estiagem e comprou uma passagem.

Mais feliz, arrumou sua pequena bagagem.

Despediu-se da família e foi para outra terra.

E assim, deixou o seu querido Nordeste.

Embora, a nostalgia do torrão silvestre.

O fizesse novamente um pequeno sofredor.

Foi trabalhar na área da construção.

Mesmo com animação, dormia com pouca acomodação.

Esqueceu as boas e competitivas vaquejadas.

As festas, os aboios e as emboladas.

Os lindos arreios, os chapéus e os troféus.

E nas suas horas vagas, abria a janela

Pegava a viola e lembrava da Maria.

E embora ainda com nostalgia, em sua cantoria

Tentava esquecer seu grande amor.

Sandra Cunha.

Giovana Clara da Cunha
Enviado por Giovana Clara da Cunha em 17/12/2007
Código do texto: T781716
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