Que seja minha


Encontrado e desejado reencontro
A mulher que procuro, você, que me espreita
Do outro lado da serra, no vale,
A chegada do cavaleiro,como quem apenas espera.

Num agarramento sem pudores
Pluralizando-nos Eu sendo nela
Eu e ela, sendo dela.
Procriando gritos e gemidos.

Mulher tempestade que me navega
Aflitiva na sensualidade que me altera
Com pernas que me abraçam
Entre gritos de prazer.

Viro-a reviro-a, isto e aquilo
Dobras, esquinas das coxas,
Exigentes devaneios de dentro pra fora
Rosto emoldurado, bocas em espasmos.

É a única que sabe e conheço-lhe as senhas
O que dizer, como fazer, onde tocar,
Onde esperar o jorro que vem galopando
Desejo em urgência aflita.

Ardente o sexo, estridente a voluptuosidade
Sabe como excitar com ternura eloqüente
A vontade faminta do espasmo
Dos corpos perpenetrados.

Nela descansa minha pele
Os sentidos saciados
O corpo apoiado em seu ventre
A boca em seus seios túrgidos.

Que seja minha...