Palavras vergadas
Atadas,
Braços conquistadores,
Mexendo, remexendo desejos
Delírio nu sedutor.
Embrulhada em minhas mãos
Num tapete macio desfolhando-se
De joelhos, num culto pagão,
Ousando tocar o fundo
Profundezas,
Onde os sentidos penetram
Atraindo para o teu seio
Para o teu antro,
Num suspiro perfeito,
Sem termo,
Que nenhum gemido iguala.
                    Que pouco te dou
                         Em troca do que me dás!