MULHERES EM FACETAS I-XXX

F A C E T A S

CICLO DE SONETOS SOBRE FIGURAS FEMININAS

WILLIAM LAGOS [junho 2006]

FACETAS UM -- DEGELO

Cruel como mulher que sabe ser amada

e o coração entrega... mas não já;

mulher que espera o fulgor de uma alvorada

de um novo dia, de um mês, até, quiçá,

pela aurora do ano que pensa avizinhado,

em que tomará posse do reino oferecido,

mas que desdenha agora; tem por assegurado

o futuro, como algo que tem por merecido.

E, no intermédio, fica brincando de donzela;

não que deseje um outro; em geral, é fiel,

mas a si mesma... segura... na certeza

de que basta acenar e a mágoa se cancela

e o jovem namorado daquele doce fel

retorna agradecido, até pela tristeza...

FACETAS DOIS -- A DOMADORA

Cruel qual mulher feia que sabe ser amada

e maneja suas cartas com hábil precisão;

que nega e então promete, que finge querer nada,

para enfiar-me a face bem fundo ao coração.

Pois feia aos próprios olhos, quase toda a mulher

percebe-se ao olhar do espelho, indiferente;

jamais torna o reflexo o rosto ideal que quer:

da pele, a boca, os olhos, da face é descontente...

E assim, se faz valer, só por julgar-se feia

e judia e maltrata... depois, sorri... e é bela,

seu rosto se encandeia desse fulgor de luz

que rebrilhou da alma; e assim, alma incendeia,

encadeia... agrilhoa... acorrenta e cancela,

em beijo cintilante, a mágoa que produz!...

FACETAS TRÊS --- A BARREGÃ

Cruel qual mulher tola, que pensa que a beleza

vai-lhe durar pra sempre, mulher que então provoca

ciúmes por capricho, coquete sem nobreza,

mulher cujo sorriso, tal qual champanha, espoca!...

Mulher que só deseja saber-se desejada,

mulher que apenas quer fazer-se de querida,

mulher que da luxúria pretende-se alvejada,

mulher que, ao seduzir, termina seduzida...

E quando amor se esvai e torna o desengano,

quando busca consolo na vastidão do espelho,

por mais que seja tola, percebe que o momento

da morte da beleza é rápido e cigano...

que assalta de repente e marca um rosto velho,

sulcado pelas rugas vazias do sofrimento.

FACETAS QUATRO -- A TECELÃ

Cruel como só pode a mulher inteligente,

que conhece do amante inteiro o sentimento,

que sabe manejá-lo e nunca se ressente

de novo ardil para envolver, potente,

seu pobre coração em dúvida e tormento,

mulher calculadora, que sabe seu destino,

que enleia sem perdão, pelo cordel mais fino,

na teia da ilusão, no meigo desatino...

E o toma para si, nos rumos da memória

aprendida das mães, herdada das avós,

que em tantas gerações fizeram-se de escravas,

enquanto dominavam e atavam em seus nós

os homens que pensavam controlar aljavas,

mas foram asseteados no decorrer da história...

FACETAS CINCO -- A ZUMBI

Cruel qual mulher morta que pensa inda estar viva

e vive no passado... e macula o presente

com desgostos de outrora, punindo tanta gente

pelo que outros fizeram, mantendo rediviva

a mágoa dos amores desfeitos, a impaciente

espera sem futuro, a vastidão lasciva

do amor insatisfeito, a gestação esquiva,

o aborto, a prevenção, a cópula infreqüente...

Pobre mulher que sofre, até por opção,

que feliz não quer ser, que até sofrer deseja

e quer tornar os outros a seu redor, também,

criaturas sofridas; e quando a chance vem

de finalmente achar o novo amor que enseja,

prefere a angústia antiga à nova exultação!...

FACETAS SEIS -- A PARTEIRA

Cruel como mulher nas garras do ciúme,

que enxerga a seu redor apenas a maldade

daquele que possui, a potencialidade

de perder seu lugar a troco de azedume...

E assim, antes que seja posta de lado, ao lume

dos conselhos opostos da própria lealdade,

se esforça por perder, afasta sem piedade

o homem a quem ama, nesse fatal costume

de repelir primeiro, antes de ser repelida.

Assim, pode dizer ao próprio coração -----

"Fui eu que não quis mais, fui eu que rejeitei,

eu que mandei embora, fui eu que o expulsei,

não fui a repudiada, por outra preterida,"

----- feliz a mastigar placentas de ilusão...

FACETAS VII -- A DIVORCIADA

Cruel como mulher que foi trocada

por outro amor, ou corpo, ou travessura

e se decide, mau grado seu, de usura,

faturar para si cem mil amantes,

sem gostar de nenhum, só de amuada,

para provar que pode igual moeda

pagar a quem traiu e a quem enreda

na teia das mentiras mais chocantes...

Para provar a si mesma que é mulher,

para mostrar que consegue outro qualquer,

para indicar às outras que seduz...

para afirmar por fora que reluz,

chora por dentro, na sombra mais escura,

pelo esquecido gosto da ternura...

FACETAS VIII -- A VINGATIVA

Cruel como mulher que ama e não é

amada por quem quer, que viu a outra

abraçar seu amor, rompida a fé,

que em si mesma tivera, quando noutra

ocasião de ilusão vaga se entregou,

de corpo e alma ao par indiferente,

que tomou-lhe o que quis e se afastou,

sem um adeus sequer irreverente...

E como se ergue a fúria do ciúme!...

capaz de fazer tudo então se torna,

embrutecida nessa angústia morna...

E do desprezo, que um simples juramento,

lhe provocasse a bile do azedume,

quebrantado ao acaso de um momento...

FACETAS IX -- A LADRA

Cruel como mulher que ama e descobre

que seu amor por outra se apaixona,

embora permaneça e se desdobre

em palavras de amor, com que ressona

em mentiras o que santo foi um dia,

por não querer perdê-la e ter a outra...

carinhos e atenções rouba destoutra,

que agora é seu amor; e propicia

constantes sugestões de seu afeto,

pois não pretende deixar o mesmo teto

em que usufrui do gozo conjugal...

e quando encontra a outra, os mesmos beijos

troca com ela, ao manto dos desejos,

qual fosse a esposa a outra, no final...

FACETAS X -- A INSEGURA

Cruel como mulher que chora ao vento,

após perder o quanto mais queria,

após ter iniciado o que sabia

daria um fim ao relacionamento,

por ter fugido a quanto prometera,

ter descumprido a quanto assegurara,

ter repelido a quem tanto buscara,

pela incerteza do que lhe concedera.

Talvez por se sentir do amor indigna,

talvez por não confiar mostrar-se à altura,

talvez por crer, enfim, que falharia,

talvez então de achar não ser condigna

aquela união proposta; e, em amargura,

desaponto acreditar que causaria...

FACETAS XI -- A SACERDOTISA

Cruel como mulher que chora os filhos

que nunca teve, o sangue derramado,

mês após mês, o pranto menstruado,

o óvulo lançado aos mesmos trilhos

que segue a urina; que acolhem excremento,

de mistura à promessa desfeita da criança

que lançam aos esgotos; má esperança,

mês após mês, num ímpio sacramento.

Percebe as outras ao redor: realizados

deveres biológicos, levando assim a raça

a novas gerações, enquanto a ruga amarga

lhe brota sobre o rosto: seus lábios crispados

nem sabem mais beijar a quem lhe abraça,

enquanto espreita a mágoa e a dor se alarga.

FACETAS XII --- A MAQUINADORA

Cruel como a mulher sagaz que, por seus filhos,

é capaz de arquitetar qualquer maldade:

no escuro de seus olhos, somente surgem brilhos

quando lhes propicia, desde a mais tenra idade

um prêmio, uma alegria; e se dedica tanto

a que tenham sucesso, por que sejam felizes;

é a mãe que se derrama no mais copioso pranto,

é a cúmplice secreta de faltas e deslizes...

Mas quando são os outros, crianças ou mulheres,

velhos e moços, homens, ou simples animais,

pouco lhe importa a vida; é toda indiferença;

dispõe-se a pisotear as flores que lhe deres

e a tudo destruir, sem esquecer jamais

desse amor acendrado além da luz e a crença.

FACETAS XIII -- A FIDALGA

Cruel como mulher cheia de orgulho,

de seus antepassados, de glórias e fortuna,

da beleza que tem, ou julga ter, do entulho

das vaidades malsãs que coaduna,

estranho que pareça, a tal menos-valia,

porque, ao nome que traz, corresponder não pode,

nem dinheiro tem mais, somente a nostalgia

de antigos ancestrais, que a mente lhe sacode

nas memórias partidas, nessa ilusão vazia

de antepassados bravos, da fonte de nobreza,

das terras, das mansões, de toda essa riqueza

de que restou somente a vã aristocracia,

inútil, desgastada, até na descendência,

provando o cheiro amargo do travo da impotência...

FACETAS XIV -- A MERCADORA

Cruel como mulher que, de ambiciosa,

barganha o próprio corpo em busca de sucesso.

comprando o matrimônio em meretrício ingresso,

a troco de riqueza e posição honrosa...

A cada qual seu nível, a uma basta um teto,

os móveis, a cozinha, o gás, televisão,

outras se dão mais caro, na ambição

de obter um casulo macio como o de um inseto.

E assim sempre será, enquanto a mulher vende

e o homem compra o que ela tem a dar...

A mulher quer um ninho, o homem quer um lar,

um espera o prazer; e a outra, engravidar...

E é assim que gira o mundo e nunca aprende

à velha e antiga dança um dia se furtar...

FACETAS XV -- AMAR EM

VERSOS BRANCOS

Cruel como mulher, enfim, que ama

e sabe ser amada em plenitude,

mas que acha impossível tal amor

por mais que dele anseie e seja ansiada...

E assim, foge e retorna, mais não quer,

amando e detestando a quem deseja,

porque podia ser, quase podia --- e falha.

o moço é pobre, o rico é grosseirão,

mal feito o corpo que a alma nobre habita,

o forte é tolo, o inteligente é fraco...

e o belo rosto, de traços regulares,

esconde o celerado, hipócrita e canalha.

Como queria juntar tantos pedaços!...

à imagem do modelo que traz no coração...

FACETS XVI -- A ENAMORADA

Bondosa é essa mulher que o corpo entrega,

só por amor, sem cálculo, num beijo,

sem ter luxúria, por força do desejo

de agradar a quem ama, numa cega

desimportância pelas conseqüências,

apenas por amar, só por tornar feliz,

de lado deixando o que a vida lhe diz,

ao olhar ao redor, quanto vê de aparências...

E quão raro é o homem que sabe dar valor

a essa doação, que por sinal almejam

apenas seu prazer e orgulho satisfeitos...

E como estranho é que justamente ensejam

as melhores mulheres aos piores sujeitos

as provas mais sublimes do mais sincero amor...

FACETAS XVII -- A MÁRTIR

Bondosa é essa mulher que sacrifica

a vida pelos filhos e o marido

de seu próprio aspecto esquecido

tem sempre; e ainda justifica

que lhe sejam ingratos: são crianças,

umas pequenas, outro já crescido,

mas imaturo ainda, esse bandido

que põe no futebol suas esperanças...

E assim, se torna feia e desleixada

e nem surpresa fica ao ser traída.

ao perceber que até dedicação

causa impressão de alguém, que pisoteada,

por mais que guarde amor no coração,

pode ser diariamente pela vida.

FACETAS XVIII -- A NUTRIZ

Bondosa é essa mulher que, na cozinha,

produz com grande esforço o alimento,

às vezes simples, de outras, um portento,

mas aplicada sempre; e acarinha

àqueles a quem serve, num sorriso,

ou nem sequer sorri, apenas serve,

e percebe o seu sucesso quando ferve

água para café, olhando o prato liso

que trouxe já da mesa, bem vazio,

deixando o estômago feliz e satisfeito,

ainda que o obrigado seja eructação...

e é então que se reforça no seu brio,

e a recompensa magra é seu direito

de comer o que sobrou da refeição...

FACETAS XIX -- A SENHORA DO LAR

Bondosa é essa mulher que limpa a casa,

que lava a roupa, a louça, faz comida,

muda os lençóis e as fraldas, dá guarida

às queixas das crianças; enfim embasa

todos os quefazeres do lar, toda a rotina

da vida em domicílio, esses deveres

que repugnam ao homem: os prazeres

de quem desfruta confortável sina,

nas costas dessa esposa dedicada;

assistem jogos, bebem com os amigos,

ou lêem jornais, para ficar a par

do que ocorre no mundo, dos perigos

que não vão afetá-los, sem ligar

ao que ela faz, constante e imperturbada.

FACETAS XX -- A ASSASSINA

Bondosa é a mulher que aborta os filhos

para evitar que passem mais trabalhos

neste mundo cruel, em cujos trilhos

tanta maldade existe; novos galhos

podando à árvore da imensa humanidade;

mas a cada uma criança não nascida,

mal se pode prever nobilidade,

vileza ou esperteza, se triste ou pobre vida

teria neste mundo, que nem chegou a ver.

Fez bem? Fez mal? É de opinião sincera,

ou aborta por não ter impulso maternal?

Para cuidar de si, apenas para ter

mais jóias, mais vestidos? Ou, realmente, espera

evitar-lhe o sofrimento e a morte natural?

FACETAS XXI -- A PARIDEIRA

Bondosa é essa mulher que quer a raça

expandir em seu ventre; ter filhos, se pudesse,

uma dúzia ou mais, tal se quisesse

povoar o mundo, após uma desgraça...

porque através da história, mães tiveram

seus filhos às dezenas; com paciência,

largas famílias criaram, descendência

que até hoje perdura e assim quiseram

transmitir os seus genes e os do amante,

por julgarem-nos dignos de renovo;

e no renovo, o mesmo julgamento

acharam digno de renovar constante,

ao verem vida em cada rosto novo

que trouxeram ao mundo desatento...

FACETAS XXII -- A ESPERANÇOSA

Bondosa é essa mulher que sabe morta

toda esperança para si e trabalha

por sustentar os filhos de um canalha

e por manter acesa essa retorta

de que rebrota, em gesto lancinante,

a esperança de nova geração,

apenas o futuro em gestação.

porque o porvir, ainda que inconstante,

é o único que temos; o presente

passa depressa como a brisa leve,

o passado se foi e não se muda...

Mas o futuro depende mais da gente:

a cada escolha feita o véu desnuda

e o resultado há de chegar em breve.

FACETAS XXIII – A COMPANHEIRA LEAL

Bondosa é essa mulher que, de mãos dadas,

acompanha o seu amante pela vida,

consola suas angústias, dá guarida

a cada desconsolo e a todo o desalento.

Bondosa é essa mulher que às infundadas

suspeitas de traição, ou mesmo às certas,

não dá importância, mas de amor cobertas,

torna as feridas, em singular portento...

Porque é uma jóia rara essa mulher,

inteligente o bastante em seu perdoar,

leal o suficiente... e assim ficar...

por toda a vida, para nem sequer

por um instante pensar em revidar

a quem sua alma escolheu para habitar.

FACETAS XXIV -- A MÃE DE CRIAÇÃO

Bondosa é essa mulher, que assim adota,

em lugar desses filhos que não teve,

os filhos de outra mãe, que não manteve

o pacto umbilical e permanece ignota

até que os filhos cresçam e possam trabalhar,

quando retorna e retomar deseja...

E como a mãe-estranha o filho beija,

que a mãe-postiça criou e pôde amar,

com muito mais afeto e abnegação...

Que surgirá depois dessa explosão,

quais serão os mais verazes dos afetos?...

Os daquela protetora, cujos retos

conselhos a criança conduziram,

ou os da esquecida, que agora ressurgiram?

FACETAS XXV - A PROFISSIONAL

Bondosa é essa mulher que, anestesiada,

por força de um amor desiludido,

ou descrente de si, nesse perdido

ideal de ser algum dia revelada,

aos olhos de outro homem como bela,

permanece, assim mesmo, diligente,

cumprindo suas tarefas, consistente

à profissão de escolha, onde revela

o quanto podia ser ainda melhor,

caso tivera na vida objetivo

que não fora chegar, ao fim do dia,

ao lugar onde mora, sem amor,

e apenas se esconder, em leito esquivo,

como se morta, afinal, se pressentia...

FACETAS XXVI -- A CONSTANTE

Bondosa é essa mulher que enfrenta a vida

por toda sua existência e nunca pode

realmente vencer; e ainda acode

aos que estão ao redor, sem se sentir perdida,

porque percebe que, se a vida lhe fez mal,

foi ela quem deixou... e permitiu

aos outros dominá-la; e se iludiu

que poderia, em ser gentil, a esse fatal

destino de opressão mostrar firmeza.

Porque os outros nos podem controlar

e fazer o que querem, sem vergonha,

mas somos nós que os deixamos, por lerdeza,

e se soubermos, enfim, nos rebelar

só então se viverá quanto se sonha!...

FACETAS XXVII -- A CONSOLADORA

Bondosa é essa mulher, que enfrenta os medos,

para acalmar os outros, que mais temem;

ela é uma fonte de força e seus segredos

conserva para si... Mas eles tremem,

ainda mais, ao saber-se responsável

pelo andamento firme de seu lar,

com diligência enfrentado, na agradável

disposição que o pavor quer afastar...

É como se espargisse segurança

a quantos a rodeiam, doce fada,

ilusionista da dor, em perfeição,

para manter quem ama na bonança,

por mais que sofra sua alma atribulada,

pela mentira que traz no coração...

FACETAS XXVIII -- A ENFERMEIRA.

Bondosa é essa mulher que cura as dores

daqueles tantos que encontra sofredores,

no corpo e nalma, essa curandeira,

que lava e desinfeta o corpo e à beira

de um leito de doente paciente permanece,

que cuida e atende sempre e até esquece

de si mesma, na faina de altruísta.

dando o que pode, sem ânsia de conquista.

E todas são assim... até as perversas

sabem curar as almas quando querem,

sabem curar os corpos, se desejam;

e até os corações perdidos beijam,

quando tomadas por emoções diversas,

especialmente daqueles que mais ferem...

FACETAS XXIX – A GOVERNANTE

Bondosa é essa mulher que seu marido

deixa pensar que manda e que governa,

enquanto é ela que, mão firme e terna,

lhe sugere as ações, ao pé do ouvido...

sem enfrentar, nem maltratar o orgulho

de ser o ditador, que tudo pode;

que no seu lar, ao menos, se sacode

de humilhações externas e do esbulho

que sofre, enfim, sua masculinidade

no áspero lidar com adversários

e até mulheres que superiores são;

só em sua casa retoma a qualidade

de amo e senhor, nos gozos solitários

que ela finge lhe dar... por sedução.

FACETAS XXX – A LEITORA

Bondosa é essa mulher que, com paciência,

releu os meus sonetos ponta a ponta,

em busca do valor que lhes reponta

o significado e o poder de sua valência...

Porque bem sei que tem mais a fazer

do que ficar repassando meus caprichos,

a pretensão dos versos, destes lixos,

reaproveitados a meu bel-prazer...

Porque palavras vãs, soltas ao vento,

eu fui a reciclar... são borboletas,

libélulas, falenas... gafanhotos...

Lançadas na explosão dos perdigotos,

em frases feitas na glória do momento

destas trinta facetas ter completas...

HOPE YOU ENJOYED YOURSELF. WHICH OF THEM WOULD YOU PREFER FOR YOUR LOVER? IF YOU ARE FEMALE, WHICH OF THEM ARE YOU? OR NONE? HOW MANY OF THEM DO YOU KNOW? HOW MANY OF THEM HAVE YOU MADE LOVE TO?

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William Lagos
Enviado por William Lagos em 07/03/2012
Código do texto: T3540596
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