Incontinente

Incontinente

Sob as finas vestes vejo

O nu realçado em teu corpo

Meus olhos famintos despe-te

Em transparentes desejos

Cobiço teu corpo inteiro

Viajando em meus devaneios

Vivo sonhos, fantasias

Toco teus frondosos seios

Sinto o gosto da tua pele

Da tua seiva me sustendo

Sinto teu corpo tremendo

E o mundo inteiro inerte

E tuas pernas num amplexo

Fazem a minha vontade

Meu sangue viril fervendo

Pulsando ao encontrar teu sexo

Inebrio-me de ti, deidade

Sem ter de mim piedade

Exploro sem fim teu côncavo

Também todos teus convexos

E assim de prazer me farto

Mas não faço-me desconexo

Breve prazer não descarto

Maravilhado e perplexo

Indolente e estupefato

Condicionado ao reflexo