PRAZEROSA, Casa de Reboco!

A chuva cai, acabando o silêncio,

Jogando cheiro de terra ao vento,

Os sentidos guerreiam noite adentro,

Em sintonia bailam, corpos sedentos!

Uma bola de fogo sobre o horizonte leito

Que emana raios de desejo e torna o ar rarefeito

Derramam-se pelos vales em rios de prazer

Navegando sobre a cama em pecado a se benzer

Orvalho, cheiro de mato molhado,

Chuva que canta alegre no telhado

Corpos em chamas exalando pecado

Letárgicos, adormecendo lado a lado!

Noite que cinzenta amanhece

Sob os clarins do canto de um galo

Na chaminé vapores de amor e galhos

Prazerosa casa de reboco no meio do mato.