ENGANOS



Às vezes confundem-se ter com ser.
Pensando nos diplomas, títulos, troféus,
E sem pestanejar seguem ao que lhes convém.

Por pirraça contrariam-se quem quer que seja para
Possuir ao lado uma estátua de bronze, fria, gelada.
Enganam pensando que amar não é diferente de gostar.

Terceiros observam a disparidade das uniões
Que nada tem a ver com a relação.
Pobres coitados, na ilusão caminham com as diferenças.

Trocam-se amores antigos inesquecíveis quase imortais, por
Conveniência para satisfazer o ego que se torna rotina onde não
Rola química, clima, o tesão que supera a insatisfação.

São enganos destorcidos nos amores interrompidos.
Perturbando alguns para provar que nada temem
Mesmo sem excitação, pois existe alguém que satisfaz
Sem interesse nos diplomas, títulos, troféus nos encontros escondidos.


 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 16/09/2012
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