ROSA VERMELHA
Havia naquela tarde um ar de ternura,
E o fogo carmesim de ardente donzela,
Assim tão meiga, amiga e pura,
Para mim tão bela!
Havia dois desejos a se realizar,
Duas bocas a se procurar,
E uma viração amante
Soprando do mar cantante!
Na paz daquela tarde que fanava,
Havia o canto adorável
De uma sereia romântica,
Princesa indomável
Que me dominava,
Imensa! Atlântica!
Corpo sarado! Alma iluminada!
E uma rosa vermelha, molhada,
Que no fim da tarde,
Como sol que arde,
No meu jardim desabrochava!