Sem graça, por Tatiane Zambrini
Meu libertino nato
Abro as asas do nariz
E pouso
...E pauso
Em sua virilha
Beirando a esperada ilha.
E na mata cerrada
Do teu peito
Eu caço
Eu faço
Do coração às tripas
Para que tenhas fome.
Ofereço-te
Cautelosamente
O seio
Cheio
E bebes no gargalo
O deleite do leite imaginário.
E tu mergulhas
Abismo adentro
Esbraveja
E almeja
Plantar-me filhos
No úmido jardim.
Minando juventude
Despeja o leite morno
E se enlaça
E abraça
Minhas pernas esguias
Beijando-me o ventre.
Revigora-se
Num súbito,
Implorando
Desejando mais
Preciso partir, amor
Fica em cem reais.
Tatiane Zambrim
Posto aqui esse lindo, sensual e ousado poema da Tati, colega do curso de Letras da UEL. Tive o privilégio de ser um dos primeiros a ler o poema. Foi amor à primeira vista, amei o poema! Escreve mais Tati, mais, mais e muito mais. Você tem o dom e o talento. Bravos!
cacaubahia