NOITE DE FOME

Sua lingerie nua e crua me sacia a sede como manga gelada

Escorre em minha boca toda essa sua safadeza ocultada

Nas dobras do lençol suas coxas no meu corpo entrelaçadas

Sua boca mordida sua pela marcada, minhas costas arranhadas

Iluminada pela luz da lua suas curvas me prenderam em um quadro boquiaberto

Me deixando salivar nas pontas dos teus dedos os sabores do desejo

Gritos que se misturam em gemidos, uivos noturnos, lobos enlouquecidos

Selvagem satisfação que marca nas paredes o suor que se escorre faminto

Marcarei na sua nuca palavras sussurradas

Mordidas beijadas

Lambidas abusadas

Se sobrar um pouco de você ao amanhecer

Comerei coberta em chantili

E beberei os primeiros suspiros da sua boca

Do seu corpo a tremer.