Meu divã

Meu divã

Em tua alcova, meu divã,

sensual tais gazéis de Lorca,

adentro janelas e portas,

e aberto à libido sã,

me entrego aos sãos devaneios,

Entranho-me em teu fremente corpo,

me emaranho em teus cabelos.

Ardo por ti de prazeres,

traduzo os teus desejos,

me ancoro em tua alma

e sorvo dos teus segredos.

Imateriais corpos em simbiose

volúpias em sintonia

ascendem até o grau máximo.

Sublimação às fantasias

entre espasmos e abstrações

nos muitos e mútuos orgasmos.

Beto Acioli

02/01/2014