HÁBITOS DE LOBO II

Emergiu da pele uma gota de suor. Transpirada em puro sabor, ergueu-se ao teto e escorreu pelas paredes. Os corpos então deslizaram-se um sob o outro pois depois da primeira gota trouxeram pra fora um enchente de suor que assim como a primeira gota ergueu-se ao teto, só que dessa vez caiu em chuva e juntando-se aos gemidos que se rebatiam nas paredes transformou a cama em tempestade, revirando lençóis ao vento, vento esse que surgia de movimentos bruscos e violentos de mãos em garra que se agarravam aos desesperos, que se entregavam de corpo inteiro. Sussurrou no pescoço querer sentir ainda mais seu gosto, salivou, mordeu e então em teu corpo se perdeu.