MORDIDA NO CÉU DA BOCA

Projetei minha voz, sussurrei nos teus pensamentos as mais loucas possibilidades, disfarçadas pelo certo, sonhos incertos, suor no teto. Vapor, perfume, odor, calor, gritos e tapas, olhar pequeno, boca que me agarra. Gata, arranha, me morde e ainda sonha com meus versos escorridos pela cama. Nessa tarde de vento e sol, deixo escrito em versos mastigados como chocolate meio amargo, derretido na boca, lambuzado, deitado te esperando, ser devorado.