Murmúrio

Aquece a minha alma na alvorada

Corpo trémulo, tenho medo desse instante do silêncio

Sozinho me encontro entre lençóis

Estou perdido na imensidão do vazio

No imaginário, os raios se excitam com os sóis

Sinto uma chama subir o meu corpo

Cresce um alvoroço, surgem sopros

Estou sozinho nessa hora

Chove uma onda de desejo agora

Já sinto hirto o meu mastro

Meu núcleo carregado de partículas

A ilusão me invadiu nesse instante

Momento louco, me sinto excitante

Num constante murmúrio

Grato por esta bela interacção poetisa HLuna

CINZAS

Sozinho entre os lençóis

nesta longa madrugada,

bate logo uma saudade

dos momentos em que nós,

deitados em almofadas,

(lembrar já é crueldade),

deixávamos fluir o amor,

em beijos os mais ardentes,

em ondas de fogo quente,

nunca, jamais, saciado.

Porque o amor vive o presente,

não se importa com o passado,

assim é que, agora, só,

vejo o tempo não tem dó,

leva tudo de roldão,

e o que, então, era paixão,

virou cinzas, virou pó.

10/08/2014

(Merlin Magiko)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 10/08/2014
Reeditado em 10/08/2014
Código do texto: T4916800
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