HOJE A CAMA TE PERTENCE
Hoje a cama te pertence,
Só deito se me permitires,
mas não sejas incompetente,
Na interpretação do teu sentir,
Pois se negar-me o acesso,
Viro a noite num boteco,
Só o mês que vem eu volto aqui.
sei porem que falta pouco,
Para vidara do mês,
Mas eu sou o teu freguês,
Destas noites de angustias,
Onde as cobertas curtas,
Não aquecem aos teus pés,
Mas quero imparcialidade,
Nesta tua tenacidade,
Que atenua sobre o teu corpo.
Sempre fostes minha miss,
Não tenho outros compromissos,
Com as mulheres libertinas,
Convites já os rejeitei,
Nem mesmo para ser o rei,
De um cabaré de luxo,
Quando ouvi toda a proposta,
A tua alma estava exposta,
Ali diante de mim,
E não pude ser canalha,
E cortar com a mesma navalha,
As carnes que me alimentam,
Teu viço me faz menino,
Mas o meu lado traquino,
A muito já o sepultei,
Decidas como quiseres,
Tens sido a minha mulher,
Até nos sonos profundos,
Quando sonho com alguém,
A imagem que me vem,
Redunda em tua pessoa,
Desde os tempos de Afrodite,
Outra mulher não existe,
Que me esvazie o tesão,
Gosto da tua forquilha,
tu és a primeira maravilha,
Que habita o meu coração.