..._Ode femínea..._

Quando o Eterno urdiu a letra femínea

Traduziu a silhueta nua em versos

Adornou os cabelos c´a lufada veludínea

Transformou o espírito em áureo anverso

Enfeitou o céu às pupilas rútilas

Maquiou em carmesim os suculentos lábios

Teceu notas d´ardor ao corpo em chamas

Inebriou à esmeraldina absíntica, dos grandes sábios

Tracejou o contorno das bulbosas ancas

Despiu a alma c´as cores do arco-íris

Desbancou os anjos nas superfícies planas

Doou o orbe gêmeo, essências símeis

Ah, mulher, felídea, femínea

És o calor qu´afaga nossas lamentações

Ah, senhora de nossas vidas

És a rosa púrpura, a fragrância das plantações

Exala de teu nectário o sumo do viver

Escala as paredes oblíquas sem desvanecer

Sibila ao mundo o tom magenta, o teu prazer

Enlouquece a virilidade deste meu saber

E assim, o Eterno verbalizou-te

Em uma centelha etérica e divinal

Em pálio, recebemos-te

Doce seiva, saboroso frutal

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 10/10/2014
Reeditado em 10/10/2014
Código do texto: T4994356
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.