SE ME ACEITAS ABRA A PORTA.

Se me aceitas abra porta,

Se não evite trancá-la,

Eu não costumo ser mala,

Para quem não preciso dela,

Nem muito menos tramela,

Para conter o desamor,

Quando a mim tu sonegou,

O que mais eu te pedia,

Te prometi que um dia,

Eu voltaria sem ressacas,

Com a animação das maritacas,

E de novo te indagaria.

Se agora me aceitarias,

Para montarmos um novo ninho,

E nele gerarmos os nossos ovos,

Dando origem as nossas proles,

Mas com a tua decisão,

De outra vez me dizer não,

Pego carona em um foguete,

E o nosso amor já está desfeito,

Por esta e outras encarnações,

Valeu a pena rever-te,

És como fosse um sorvete,

Já derretido no pau,

E embora deixes o odor,

Nas marcas do que acabou-se,

Nada mais tenho a fazer.

Vou sonhar com as andorinhas,

E procurar nas loirinhas,

O que a morena me negou,

Se esta também me negar,,

Eu posso me aproximar,

De uma linda oriental,

Mulher de pouca conversa,

Que nunca nos faz promessas,

Mas se dar por cortesia,

Seja de noite ou de dia,

Tem candura e dedicação,

Gosta de uma banheira,

Tem fama de trepadeiras,

Mas se dizem inibidas,

É destas que o homem gosta,

Pois nela encontra as respostas,

Para as suas pertinências,

E um ser desejando ao outro,

Porque esconde este jogo,

Como fosse gato e rato,

A mulher tem a valeta,

O homem tem sua picareta,

Bastas unirem os esforços,

E se amarem sem amuletos.

MJ.