ANIMAIS FAMINTOS
 

 


Com minhas garras de felina
em meio à neblina
da névoa do meu cio...

Na calada da noite
minha boca qual açoite
seu corpo esquadrinha
beija... morde...suga e caminha...

De maneira quente e ardente
louca e selvagem
te prendo entre as minhas pernas
suspiro... grito... uivo...

Quando me penetras
em todas as arestas
com furor e tesão
sinto o seu aguilhão...

Beirando à demência carnal
nessa plenitude cabal
somos como animais
famintos e com instintos
voluptuosamente iguais.