LUA VERMELHA


Na fome, o peso da sede
em alívio confuso
esparja na boca,
contamina músculos
contundidos na face
toldada por fascínio
de híbridos, sentenciados
ao destino de fênix.

Sete estrelas do paraíso
emprestam seu brilho
ao olhar dos amantes,
em comunhão do tempo.
Corre água... Verte sangue!...
Escorre veneno na saliva.
Corre suor no vício lacrimejante...
E o riso copula com o pranto
leve, denso, adocicado.

No embate de vozes vorazes,
GRITO tudo!... Tudo
que o desconhecido supunha,
rasgando o céu a unha
na imensidão do proibido.
Piso na lua vermelha,
deixo meu rastro de libido.


Christinny Olivier
Enviado por Christinny Olivier em 23/12/2014
Código do texto: T5078589
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