O mar-eu, tão calmaria, azul profundo
Nuvens brancas, e altas, e sós, e frias
À espera, todo dia, do anoitecer de breu comum
 
Viu chegar, no vento, o tu-centelha
Vermelho intenso, a arrepiar horizontes
E o eu-mar, agora ondas, quebradeiras, loucuras
Raios-beijos, trovões-sussurros
E nós, no meio.
 
A manhã, a recordar-se, extasiada,
Do ontem-sonho, tempestade azul-lilás
Abraça o novo dia, luzes-carícias, paz
E nós, enleio.