Do tempo não demos conta...

O amanhecer virando tarde

A beleza desse meio tom

O crepúsculo vespertino

Do tempo não demos conta...

Língua articulada

E nossos lábios a viver

Roça a língua

Sacia por instante o querer

De teus lábios carmim

Palavra intraduzível

A pele orvalhada

Murmúrios ofegantes

Banha meu rosto

O olhar a flertar

Teus longos cabelos

Imerso a me decifrar

Interligados por energia

Capaz de manter assim

O olhar que inebria

Apenas um gesto

Do olhar provém

Todo o saber

Sua imensidão

Então o bem querer

Emudece a palavra

A voz sabe o que sente

A pele apenas respira

O corpo não mais febril

Francivanio Pereira
Enviado por Francivanio Pereira em 09/07/2015
Código do texto: T5305472
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