CAMA ARDENTE

Sob o leito de estrelas em que deito
e repouso a cabeça em teu regaço
Planam sonhos e desejos, me deleito
relembrando nosso derradeiro abraço

Minha pele ainda queima em branda flama
nas veredas que teus lábios percorreram
nos carinhos cometidos nesta cama
onde todos os pudores pereceram

Tuas marcas se espalham nos lençóis
denunciam os prazeres alcançados
nestas noites que encontram tantos sóis

E agora o coração solto dos laços
apazigua os batimentos alterados
No espaço que repousa entre teus braços




NOTA DA AUTORA: Para o meu "Pedro" que não é Pedro mas é o meu amor.

 
Interação do colega Jota Garcia. Obrigada, amigo.


        Palavras ditas a esmo 
           Mordidas, suspiros e ais.
                 Já se passou tanto tempo ...
         Como é que é mesmo?
           Tudo se foi com o vento 
                 E eu já nem me lembro mais.

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Interação do colega Aleixenko. Saudações à Corte de Gorobixaba, amigo
 
   Nas noites quentes
    Um desejo de repente
   E na cama ardente
   Quero você somente

         Abraçamo-nos sofregamente
          Beijamo-nos demoradamente
        Mais uma vez na cama ardente
          Amamo-nos despudoradamente

-000-
Interação do amigo europeu Alberto Cuddel, que muito me agradou.

Como se eu do nada fosse
perfume em que me denuncio
flor de lótus em tua posse
apaixonadamente por ti no cio
sou mulher, fémea, feitiço
em ti enredo, teço, aperto
laços sem dares por isso
preso em mim sempre perto
em ti escrevo meus segredos
ocultos desnudados de tudo
teu corpo na ponta dos dedos
Como se eu em ti existisse
entre o parco luar meu escudo
nele por ti apenas me despisse

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Interação do novo amigo Sócrates Di Lima, agregando beleza a minha poesia.

Cama ardente
fogo que queima sem fumaca
ardor de corpos flamejantes
sentido do amor que nao disfarca.

-000-

Interação do amigo querido Antonio Tavares Lima

A sensualidade me devora o peito
Nos lençóis de cetim agora já desfeitos
Pelo frenesi dos corpos insensatos
Que no baloiçar de abraços bons de fatos 
Foram dados na escuridão da noite em labaredas
De um sol de amor que aparece quando chegas

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Interação do amigo querido Poeta Olavo

Sinto a noite que te encontrei,
Com agasalhos e muito frio,
Sinto a noite que te amei,
Com muito beijos e arrepios.