VOZES AZUIS

Desnudo
Sob um longínquo monte,
A sugar com as narinas
O aroma silvestre
Das matas que me possuem.
Mas, o que faço,
Senão aguardar impacientemente
Aquele vento oriental?
Existe um sopro suave e sagaz
Que sussurra centelha celestial e sincera...
Desejo-o mais que a própria alma.
Delírio!
Não suporto mais...
Clamarei em altíssono agora:
Ó Espírito!
Toca-me com a tua força branda
Anseio sentir a tua harmoniosa energia
Há ardor e umidade sob poros
Refrigera-me com o teu hálito
Fresco e matinal
Vem, vem depressa!
O êxtase consome o peito...
Urrarei
Urrei
Clímax alcançado!
Instante em que há calmaria
E pássaros
Entoando timidamente
Melodias de crisântemo:
Onde te escondes, magnífico?
Quanto tempo ainda terei que esperá-lo
Para um reencontro?
Fábio Launiz
Enviado por Fábio Launiz em 15/06/2016
Reeditado em 18/06/2016
Código do texto: T5668592
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.