O Ponto da questão
Pretendo mais que contar um conto
Anseio defender o meu ponto
de vista
Para inteirar-me do assunto
Optei como um manual adjunto
a revista
Tempos depois mudei o esquema
Pois fui apresentado ao cinema
adulto
Percebi que ele mostrava uma verdade
Que tornava essa atual realidade
um insulto
Logo eu, que nunca fui santo
Degustei a maça e gostei tanto
luxúria
Considerei-me como um tonto
Por não encontrar o tal ponto
injúria
E por mais que ela viesse provocante
Prosseguia uma angústia sufocante
interrogação
Ao amarmos mutuamente
A alma pede junto com a mente:
prorrogação
Somente agora, na atual idade
Que descobri com naturalidade
o esconderijo
Se pegar um caminho errado
Ou descompassar-me no dedilhado
me corrijo
Não pense que darei o mapa da mina
Não sou um manual que ensina
procure
Não será fácil o caminho
Aconselho-te com carinho:
perdure
Não existe um ponto “x” na questão
Ele é na verdade um “g” de gestão
gozado?
Na hora “h” dou-te uma dica:
Sai-se melhor aquele que fica:
ousado
Se não conseguires alcançar o ponto
Não adianta partir para o confronto
Cale-se!!!!
Quando chegar “lá” terá sua recompensa
Sentirás uma jubilação forte e tão intensa:
Ápice !!!
E notará ao fazer o que eu exijo
Pois imenso será seu regozijo
Sensação única e sem igual
E quando realizar essa façanha
Sua satisfação será tamanha
que não colocará nunca um ponto final...