Última namorada

O cheiro dela me deixa tonto.

Invade os sentidos e marca o ritmo:

ótimo, inebriante, íntimo...

Antes, durante e depois.

As pernas e os sinos dobram...

Este prazer se derrama.

Espalha.

Grita.

Nada poderia ser mais bonito...

Ela em mim, nós no infinito.

Ela invadida, rendida...

Mulher pura na essência.

E que chora.

Mesmo preenchida, implora.

Tudo. Devora. Ora.

Essa é a deusa que tanto venero.

Encharca-me de seu prazer

a face, cabelos, coração.

Ela escorre quente na vida.

Sem ela não me concebo.

Revelo as verdades nas suas mãos...

Só ela me interessa.

É uma flor que macera os sentidos..

Desespera.

Colore.

No agito, repito o doce sacrifício,

de pernas e braços abraçados

e descanso na minha última namorada.