Sorriso no paraíso
Desde o ínicio,
Me comovestes com a tua beleza,
Eras a luz do precipício....
Me encantando até a realeza,
com o néctar do vício...
E eu buscava apenas identidade
Na tua ginga, tigresa.
Na tua fruta colocada sobre a mesa
Me aguardando com voracidade.
O mel de sua boca
Com a minha ausência de totalidade
Deixava a minha libido louca.
Rompida desde o nascimento
Quando cortado fora o cordão umbilical
Eu estava em busca de ti,minha Graal
Com safados pensamentos,
buscava livrar-me desse tormento,
de ser apenas um pedaço,
nesse universo descomunal.
Arrancando risadas feito um palhaço,
de outras tragédias que preenchiam o meu espaço,
pensava fazer o bem,
da aurora boreal,
tornando-nos reféns...
Pensava que tu eras a minha outra metade,
que perdida andara,até então,pela eternidade.
Quis contigo recriar a república dos beijos
Manter nas manhãs o meu canto aceso,
porquê a noite me encantavam as estrelas e,
Tu sabes a delícia de se fazer amor,podendo vê-las...
Eu te ouvia sussurrando...
"são elas as mais brilhantes,
são elas...
a geometria do destino nos ensinando,
a felicidade de cada flash dos instantes."
Então,
em uma noite de tempestade...
Quando procurávamos abrigo,
andando sem sentido,
em busca de algum esconderijo,
pelas lágrimas da cidade.
Você me disse adeus,
com um único sorriso,
um chicote sem maldade...
E naquele momento preciso,
eu me dei conta de que o paraíso,
era a magia do improviso,
entre as estrelas do oceano,
E o arrepio de prazer dos teus pelos pubianos
sempre estará comigo/contigo,
também compondo,
outras tragédias do nosso cotidiano.
Barthes.