CONTOS DE FADAS

Lá estava ela, perdida, sem direção...no meio do salão, com o seu vestido belíssimo começa andar entre os casais que dançavam apaixonados, seus pensamentos perdidos, em seus olhos uma mistura de indefesa e ansiedade, mal sabia o que estava por vir. Ao levantar a cabeça e olhar para onde estava indo, viu aquela mão, de luvas...estendida, algo se transformou dentro dela, uma agitação, o rosto, sentia queimar...mas aceitou a mão estendida mesmo sem saber quem e para onde estava indo. Quando percebeu já estava fora do salão onde acontecia a festa, estava em um lugar mais reservado, em uma sala mais escura...aí começou toda a loucura.

Aquele homem só observava-me, como posso dizer, “comia com os olhos”, ao mesmo tempo que me sentia constrangida era provocador, meus instintos gostava da situação, da provocação...era tudo tentador. Eu não sabia que naquele momento iria me despir de todo pudor.

Sem dizer uma palavra, esse homem chegou perto, acariciou-me o rosto levemente com as pontas dos dedos, um leve toque e parecia ter eletrizado o meu ser, a minha respiração acelera, ele pede calma com a voz rouca e suave...ao mesmo tempo que beija o meu pescoço desabotoa o meu vestido e deixa escorregar pelo o meu corpo, sim, é loucura, mas estou ali, entregue, enfeitiçada...o corpo todo arrepiado, desejando que seja tocado...

Mas ele não tem pressa, beija cada parte como se fosse única, me faz sentir especial, percorre as mãos pelo corpo todo, sobre aquela mesa ele provou o meu gozo, em suas mãos me desfiz, sussurrei...gemi.

O seu corpo contraído, em seu rosto, o nítido desejo e o sim e concedido, ali fizemos loucuras...e a nossa dança foi a mais linda de todas, sem roupas, sapatos...sem música, o nosso embalo era nosso gemidos, a canção dos corpos gozando em puro êxtase.

Jamais esquecerei daquela mão estendida.

Andréa Flor.

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