LUBRICIDADES (Versos Libertinos)

Hei de ser o teu pertencimento

Para que me tenhas em plena libertinagem

E não me deserdes da tua carne

Por algum impulso não atendido

Em vez disso, explora-me,

Esgota-me em volúpias

Descubra-me nos meus secretos labirintos

Onde apenas os desejos mais resilientes

Penetram nas minhas libidos resistentes

Quero ser só teu

Me embrenhar em tuas densas matas

Para poder me perder

E me esquecer nas tuas cascatas

De orgasmos

De orvalhos

E em todas as alvoradas

Principalmente as menos castas

Possua-me por inteiro

Na exaustão do ponteiro

Pois o tempo é coadjuvante

Quando me amas cobertas de eternidade

Como uma insaciável amante

Que buscas a todo instante

Rasgar o véu da invisível castidade

Eu te sonho em todos os universos

A subverter os pudores

A derrubar os poderes

A conquistar teus prazeres

A me entorpecer com teus odores

Dos teus amores, dos teus calores

Pois meu sonho é a medida do inverso

É a fatal ausência do meu nexo

É a total presença do teu sexo

Na lascívia dos meus versos.

© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

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Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 06/08/2019
Reeditado em 06/08/2019
Código do texto: T6714040
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