Noites ventadas

Aqui me via com encanto a lua, minha luz egressa

O vento que não toca o físico chegava em véus

Fiz de despi-lo com a descrição que a escolha versa

Abordei naquela noite a vazão de mim aos céus:

De rachaduras ao fundo de silencio tabaco fúnebre

Mágoas se sucumbem à sequenciação emersa

Cônscio de que a leitura fraca não condena versos,

Não reclamo profundidade num mar azul persa

Derricei dos véus do vento, da carne à centelha

Dos goles de café com pó doce cor ermine

A lua é um voyeur que olha de esguelha

O encanto em seu austero trançado vime

De manhas imaculadas, noites serenadas ficam

Eternas sejam sob sua luz champanhe prisca

Vejo festejos emanados aos olhos em forma de lume

Que no balançar das folhas ventadas piscam.