Poema – Pan part 2

Poema – Pan part 2

Eu não a amava

E ela tampouco se importava

Com os meus sentimentos

Mas fodíamos como dois lunáticos

Desesperados pelo desejo da carne

Prendendo minha cabeça com os seus pezinhos

Eu a chupava e a masturbava

Sentindo o seu gozo escorrendo pelos meus lábios

Seus gemidos insaciáveis

Eram como Poesias escritas por Lilith

De bruços no meu colo

A espanquei até que o vermelho da sua pele

Arrancasse dela gritos de dor

Ela cavalgava mordendo o meu pescoço

E arranhando as minhas costas até que o sangue

Manchasse as suas unhas

Éramos como Lúcifer e Lilith

Em uma única noite de luxuria

Enquanto os Deuses falavam de amor

Estuprávamos freiras em suas catedrais

Com o sinal do Diabo estampado em nossos olhos

Após destruir nossas almas com o pecado do orgasmo

Deitávamos na cama cobertos de Cocaína e Whisky

E por horas e horas planejávamos um suicídio coletivo

Aonde o nosso falso amor e desejos impuros

Fossem eternizados em um único ato sagrado

Ela queria rasgar a minha garganta

E se masturbar com o sangue

Tudo que eu queria era morrer ao seu lado

Nossa loucura eram as chamas

De todo o inferno fervendo em nossas almas

Falávamos sobre sair daquele quarto de motel

E matar a camareira

Ela dizia que seria melhor atrai-la

Enquanto eu a esmagava com os meus punhos

Nós não podíamos conviver juntos

Pois eramos como Bonnie e Clyde

Sem o amor que os envolvia

Somente o tesão e a loucura

Que os destruiu

Alguém bateu na porta

Ela levantou com o seu corpo escultural

Repleta de sangue, gozo e cocaína

Em passos leves ela abre a sua bolsa

O canivete em suas mãos o brilho em seus olhos

Confesso que continuei deitado esperando

As tripas da camareira serem espalhadas

Sobre o meu corpo

Tímida e com medo ela entrou sem olhar para os lados

O medo exalava dos seus passos

A camareira foi embora e nós voltamos a foder

Ela vomitou encima do meu peito

Já não aguentávamos o efeito das drogas

Por horas e horas ficamos abraçados em meio ao vômito

Acordei na manhã seguinte e nunca mais a vi

Ela só me deixou um bilhete

''- Poderíamos tê-la matado

e fodido seu cadáver?''

Ela era louca

Louca como o próprio Diabo

- Gerson De Rodrigues

Gerson De Rodrigues
Enviado por Gerson De Rodrigues em 27/08/2020
Código do texto: T7047693
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