NA ACADEMIA

Fim de tarde, afazeres feitos e finalmente a hora esperada. Todos os dias eram assim, desde a hora que acordava Sofia já pensava no fim de tarde. Era a hora das palpitações no coração, o horário da academia era sagrado.

Tudo era pensado, o top, shorts, perfume, modo de amarrar o cabelo.

Lá está ele, o famoso professor Fernando que a cabeça de Sofia delirar .

Fernando era do tipo sarado, brincalhão, aventureiro...o tipo que as garotas apaixona logo.

Começando os exercícios e lá estava ela pedindo ajuda, é claro que não perderia nenhuma oportunidade de ficar bem próxima daquele homem.

Sofia é o tipo de mulher normal, corpo bonito, pele clara, cabelo preto, lábios carnudos. Nem precisava de academia mas, o seu deus grego estava lá.

Ela sonhava com o dia em que ele tocaria no corpo dela, beijaria com vontade, o desejo escorria pelo olhos.

Sofia sonhava com a cena, por várias vezes programava em sua cabeça e sempre nada se encaixava, cada dia acontecia algo e mais um dia ela ia embora frustrada.

Fernando parecia ter olhos para todas menos para ela que tanto o desejava, pois era assim que ela pensava.

Certo dia Sofia resolveu que não escolheria roupa, nem tipo de cabelo, foi com ele solto mesmo e qualquer perfume, já que não fazia diferença. E justamente nesse dia Sofia conseguiu chamar atenção de Fernando. Quando ela passou por ele indiferente os olhos dele brilharam de forma diferente, nesse dia ela resolveu também que não o chamaria para ajuda-la, pois se precisasse qualquer um ali ajudaria. Mas, não foi isso que aconteceu, quando Sofia olhou para o lado, lá estava o professor Fernando. Seria a hora da vingança ou ela se deixaria levar pelo clima?

Já estava ficando tarde e os dois nem se deram conta que estavam a sós, era tudo que Sofia queria dias atrás e agora lá estava ela, frente a frente de Fernando. Os olhares se cruzaram, arrepios percorreram pelo corpo, algo que era novo, essa conexão toda.

Ali mesmo entre aparelhos de ginástica e espelhos rolou aquele beijo, aquele, de desespero, vontade, cheio de desejos. As mãos deslizaram pelos corpos, entre apertos e caricias, tudo era cheio paixão, loucura...e ali no chão onde ele o espectador de tudo, aconteceu a loucura, entrega, suor, beijos, carinhos, carícias...ofegantes, deitados no chão olhos nos olhos , ali tinha cumplicidade e o desejo ainda pairava no ar.

Andréa Flor