O MEU BARCO FLUTUAVA.

O meu barco flutuava de forma segura e serena,

até que em certo momento eu entreguei-te o leme,

diante das tuas promessas quantas mentiras confessas,

só hoje estou compreendendo me olhas com certo desdém,

por ser mulher e dengosa do tipo que adora rosas,

e faz amor sempre gemendo gritando eu vou gozar,

dando ao seu macho o teu veneno,

mas tenho senso da vida conheço das leis o marco,

já encaçapei muitos cachos gigolôs da tua espécie,

te aviso enquanto é tempo que tu procures outros ventos,

para hastear as tuas velas,

para um homem sem vergonha não vale se quer as fronhas,

que revestem aos travesseiros para que durma no conforto,

deste tão estável porto que te deu esta ancoragem,

por ser mulher de coragem te dou vinte e quatro horas,

para sumir neste horizonte e esquecer o que foi tocante,

em nossas noites de núpcias,

a vida é de ferro e fogo quando é preciso eu me fodo

mas nego guarida a pilantras.

MJ.