A DESCONHECIDA

 

Ela estava sempre lá, podia senti-la,

com uma chama no olhar, a me espreitar...

Mas nunca disse uma palavra sequer,

que me desse uma chance de lhe falar...

 

Já louco de desejo em saber daquela mulher,

me aproximei daquele local sem avisar...

Abri a porta devagar, entrei em silêncio,

esperava encontrá-la em um canto qualquer...

 

Andei por um corredor comprido e escuro...

Ouvi vozes, uma canção romântica...

Ruído de água, um chuveiro ligado,

Um perfume, embriagador, alfazema...

 

Empurrei a porta do box, bem devagar...

Ali está ela, no banho, linda e nua...

Acenou-me com o indicador, para entrar...

Fizemos amor, sem dizer nada, uma loucura...

 

Bene

Benedito Oliveira
Enviado por Benedito Oliveira em 18/03/2022
Código do texto: T7475090
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