A DESCONHECIDA
Ela estava sempre lá, podia senti-la,
com uma chama no olhar, a me espreitar...
Mas nunca disse uma palavra sequer,
que me desse uma chance de lhe falar...
Já louco de desejo em saber daquela mulher,
me aproximei daquele local sem avisar...
Abri a porta devagar, entrei em silêncio,
esperava encontrá-la em um canto qualquer...
Andei por um corredor comprido e escuro...
Ouvi vozes, uma canção romântica...
Ruído de água, um chuveiro ligado,
Um perfume, embriagador, alfazema...
Empurrei a porta do box, bem devagar...
Ali está ela, no banho, linda e nua...
Acenou-me com o indicador, para entrar...
Fizemos amor, sem dizer nada, uma loucura...
Bene