Leito de asfalto

Havíamos bebido,

A noite estava quente,

No céu as estrelas em festa,

A lua para o namoro convidava.

Entramos no carro,

Sem rumo, sem destino,

Quando percebemos,

A cidade longe estava.

As luzes ninavam a população,

Contemplávamos a cena,

E nossas mãos,

Sorrateiramente se buscavam.

Nossos rostos se juntaram,

Nossos lábios, colaram-se e,

Ardentes, demorados e calientes,

Foi a chuva de beijos entre a gente.

A brisa ficou mais quente,

Avidamente, loucamente,

Nossos corpos desnudaram-se,

Mãos ansiosas, o prazer, buscavam.

Na escuridão e sem o menor pudor,

O amor se fez, o asfalto foi o leito,

Insanidade ou irresponsabilidade,

A paixão é louca, ela não tem respeito.

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 27/05/2022
Código do texto: T7525071
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.