DOADORA DE INSPIRAÇÃO

Tocador de seus batuques interiores;

Eu, dono de suas leis metafísicas;

Naquela estrada cujas curvas eram de facto perfeitas...percorria-as sem desdém;

Latente;

Quente;

Por vezes morno, o suor percorrente;

Andando sem regras;

Os suspiros profundos se faziam por companheiros pela perfeição da curvatura que fazia;

Miudeza bendita;

Deslizante embraiagem desprendida dos atritos;

Cinemática convidada para o presente ali;

Ah, ela dizia agora vem estou pronta;

Gargalhada minha insana num ir e voltar dentro daquela porção de terra mole que envolvia-me em alta velocidade;

Insano desejo de dali não querer sair;

Ah, suspiros mútuos;

Adrenalina pulsante;

A viro para à esquerda a fazendo provar da força e velocidade numa só sintonia;

Vai chover, diz ela;

Ouço essa música sua que me faz despertar empurrando-me a pisar fundo o meu acelerador;

Carambolas, eu não deveria ter pressa nisto!

Eu tenho desviado da morte a mais de cem por hora;

Uma morte certa que vale a pena sofrer;

Sim, um querer tudo no agora!

Tentando amá-la ainda mais, mas ela nunca diminue o ritmo, ela nunca erra um alvo, ela suga o meu universo para junto do seu;

Neste ritmo insano perco quase o meu coração e a minha mente...

Porquê te pões nesse ritmo, me questiona!

Arrepios de um Deus da guerra se levantam!

Jogo sujo nesse instante de vida pra vidas porque sou insensível;

Ah, meu nome no alto de sua voz;

Nem pensar páro subo ao cimo da montanha;

Terra santa;

Ela sinaliza que vai cair muita chuva com esta minha ousadia em sua terra;

Ignoro seu alerta;

Me jogo com tudo;

Minha melodia ressoa;

Ilumino suas curvaturas e o seu céu ascendente;

Um;

Dois;

Três;

No quatro de quatro;

Lá vem o trovão do alto dos céus e a sua bendita chuva justificando o trabalho feito com elevada mestria;

In, PULCHER - 369

Author.Susatel

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