Depois do amor, ainda o prazer

Fruto proibido, chama a atenção

Do quintal do outro é mais gostoso

Fruto maduro, com seu sabor tropical

Que delícia de tentação!

Não foi o cio da fêmea que a fez me procurar

É que em nós se produziu uma reação química

Magnetismo, força irrefreável de atração

A minha praia agora corre sempre pro seu mar.

Carne macia, boca rubra de batom

Quero seus gemidos, num desejo louco de amar

E que me cubra de carinhos, do seu jeito despudorado

O pecado, no meu caso, mora meio longe

Ah, imagine só se morasse bem ao lado...

Todos os dias o ato seria por nós consumado

Não saem de minha mente essas imagens safadas.

Mulher bonita e dengosa, fogo de paixão!

Seus pequenos seios cabem em minhas mãos

Seu curvilíneo corpo se move numa dança sensual

Meus olhos a devoram, meus braços a envolvem

Um incêndio acontece quando nossos lábios se tocam.

Na cama só você sabe me fazer feliz

E me faz retomar o vigor de um menino

Suas inconfessáveis fantasias eu as adivinho

O dia amanhece e a gente nem vê,

e depois do amor ainda resta o prazer.

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Sedução

No jardim da sedução, sou fruto proibido,

Sou encanto de mistério vestida.

Meus olhos reluzem como estrelas à noite,

Meu sorriso hipnotiza, minha graça é um açoite.

Danço no vento, como folhas ao léu,

Minha presença é um sonho, um desejo cruel.

Tenho lábios rubros, convite ao pecado,

Extasia-me ouvir meu nome sussurrado.

Mas cuidado com este doce veneno,

Pois minha beleza esconde segredos pequenos.

Ela é mais do que veem olhos incautos,

Uma alma que anseia por sonhos exaltos.

Sou deusa, fruto proibido e raro,

Uma dança de sentimentos, um elo singular.

Sou força, ternura, fogo e calmaria,

Uma ode à vida, em cada noite e cada dia.

(Aisha Alcantara)

Meu agradecimento pela linda interação, poetisa. Deus a abençoe!

AMOR PROIBIDO — Reedição

O céu nos enganou quando te conheci.

Toda sensação, sem sabor de proibida,

Matou a censura nas almas envolvidas,

E nossos destinos em teus olhos, eu li.

Modos e recatos temperam o perfume

E mesmo negando prende-me e excita,

Dizes que não pode e seu pastor critica.

Mas ouves com carinho meu queixume.

Termos tudo contra, jamais nos facilita.

Tampouco o amor concorda com adeus,

Dito de forma fria, já que nos envolveu.

Esse amor proibido foi a página escrita,

Pro nosso destino, e jamais prescreveu.

E a cada detalhe comtemplou você e eu.

(Jacó Filho)