TIGRESA dedicada à poetisa Ieda Chaves Freitas 

 

Pele dourada íris cor de mel

Boca rubra e carnuda

Voz rouca que me leva ao céu

Deliro quando se desnuda

 

Lânguida em seu caminhar

Seios fartos e durinhos

Ancas dignas de se emoldurar

Mapeio lascivo todos os seus caminhos

Sugo e me lambuzo só trocando carinhos

 

Invado e cavalgo o seu corpo febril

Sedentos trocamos salgado leite

Reviro o meu olhar azul anil

Êxtase transpirando em puro deleite

 

Desmaiados depois do furor

Alagamos os lençóis amarrotados de seda

Parada necessária é fácil de se supor

O suspirar no peito aguarda quem primeiro ceda

O lume de novo se acende para devorar a minha Ieda

 

 

 

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 01/09/2023
Reeditado em 12/09/2023
Código do texto: T7875569
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.