Poeta vadio

No domingo calmo

Meu ser afago

A sonhar no alto da abóbora celeste

Que enfeita de fundo meu pensamento curvo

De uma realidade densa e distante

De qualquer conclusão

Meu corpo na rede da varanda

A sentir o vento que limpa minha alma

Como um dilúvio que arrasta tudo

Num delicado processo de exclusão

Vejo as nuvens metafóricas

Que mudam em instantes

Igual minha cabeça que se transforma

Como massa de modelar

Esta sempre mudando em uma forma peculiar

Tão complicada conclusão incerteza

Que minha cabeça na certa faz para tentar ser alguém

Escrevo na viagem da minha cabeça

Que me leva as incertezas da loucura sã

Pobre de mim que sonha, sem sonhar.

Mato-me, sem me matar.

Imortalizo-me morrendo um dia

Eu poeta vadio

Escrevo no vicio

Do céu anil