Natimorto

Minha casca irrompe

Na flor do vazio

No espelho do rio

De obscuro bril!

Campanário que ressoa

Cantando loas

No passar das horas

No vestígio de minha casca

Que pelo vento é levado

Como poeira no alto do prado

Pela chuva molhado

Com as gotas do meu sangue

Que a terra irrompe

Quebrando minha casca

Revelando minha alva cara

Deste ser natimorto!

JP 24/06/08 10:39