Inutilidade persistente

Nesses dias solitários

Sinto-me vazio

Meu corpo pesado

Vago por ai sem horários

Uma bussola complexa

Apontando para o lado errado

Vigário o desordenado

Os pecados de uma vida

Um homem desarmado

Um erro concebido

Um poeta abandonado

Um deus esquecido

Ando em somente uma direção

Onde o vento for

Que muda a cada estação

Ando por ai

Esperando milagres

Ando por ai

Esperando ataques

Ando por ai

Pois não tenho onde ficar

A morrer sentado na cadeira

Com uma boca cheia de dentes

Prefiro morrer a ficar parado