GALPÃO GAUCHESCO

Coberto de tábua e palha,

Velho galpão gauchesco,

Tu serás a minha mortalha,

No teu estilo dantesco.

Teu chão, pisado e batido,

Ainda guarda a lembrança,

De algum chiru aturdido

Nas voltas d’alguma trança.

Velho galpão altaneiro,

Marcado a ponta de lança,

Cheirando a cana e palheiro,

No meio do pago és saliência,

E eu te saúdo, parceiro,

Rude museu da querência!