CONFÍTEOR

Toda a minha infância e adolescência foi passada lá na minha Palhoça (CASA DE PALHA), época em que se conheciam todos os seus moradores.

Nas noites quentes as famílias se reuniam na frente das casas e as crianças brincavam nas ruas, sem perigo algum. Não havia automóveis. Os veículos de transporte eram os ronceiros carros de bois e as carroças puxadas por cavalos, e pouquíssima coisa mais velozes, cujos freios, eram as rédeas dos animais, acionadas pelos boleeiros.

Quando o pessoal achava que estava na hora de se recolher, cada um trazia a sua cadeira ou banco para dentro. As janelas permaneciam abertas durante a noite toda, por causa do calor. Vivia-se e se convivia num verdadeiro paraíso.

Hoje, Palhoça faz parte da Grande Florianópolis e ultimamente não a tenho visitado. Também para quê? Só para se rever os lugares em que na infância e adolescência brincávamos? – eles estão totalmente modificados, irreconhecíveis... e quanto as pessoas, amigos e parentes, a grande maioria já morreu ou se mudaram de lá... porém, mesmo assim, o lugar onde se deixa o umbigo, não é totalmente esquecido.

CONFITEOR

AYRES KOERIG

Nasci lá na Palhoça inda bucólica...

E bem humilde foi meu pessoal!

Nossa religião sempre a católica,

Pois não se tinha em mente uma outra igual.

Por ter sido do início apostólica,

Jesus deu a partida inicial...

Muitos a trocam como coisa eólica,

Por qualquer um tropeço casual.

Não fazem um exame de consciência...

Às vezes por não terem voz nem vez,

Ou por outro motivo ou coisa alguma...

Não julgo nisso um ato de demência!

Também não penso ser insensatez!

Só eu não troco, a minha por nenhuma!

Ayres Koerig
Enviado por Ayres Koerig em 23/03/2011
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