Eu sei que ainda existe peão

Eu sei que ainda existe peão,

aquele gaúcho valente,

peão hospitaleiro, guerreiro.

Eu sei, o maior dos ginetes,

peão que cuida do campo,

do gado, do brete...

O gaúcho: maragato ou chimango.

Come churrasco, toma chimarrão,

gineteia, laça

e é bem grongo.

Vai no fandango, dança vanerão,

mas conquista a sua prenda

dançando a chimarrita balão.

Sepé Tiarajú foi guerreiro;

Garibaldi foi amado;

Bento e Onofre foram heróis;

Oswaldo Aranha foi do mundo.

Mas, hoje não temos mais

amados, heróis, nem viramundos.

No Rio Grande houve guerras,

heróis corajosos a pelear.

Somos gratos a esses bravos,

mas não conquistamos nosso lugar.

Temos novos peões, novos gaúchos

e uma bandeira para hastear.

O gaúcho tem que estar de pé,

há um pavilhão para honrar.

Temos o verde, o vermelho e o amarelo.

O nosso símbolo para zelar,

devemos ser gaúchos de verdade,

voltar ao passado, aprender a lutar.

Eu sei que ainda existe peão.

Gaúchos levantando o Rio Grande,

os campos, o gado, as flores,

as relvas, o azul e o verde.

Então, o peão vai cantar, trovar e gritar:

Liberdade, Igualdade e Humanidade.

marcia jack
Enviado por marcia jack em 14/09/2011
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