A FÚRIA DE ADAMASTOR

Ai...

Poeta insano

Oh, desumano fim!

Ai...

Que dor me impuseste

Que penas na

Tua funesta pena

Ai...

Deuses! Deuses!

Oh, mitos

Que ritos esses

Nesses tormentos

Me prendem?

Ai..

Doem-me as entranhas

Penetradas

Carcomidas

Pelas gotas do AMOR

AMOR entrando

Destruindo

Devastando

Amor do qual

Não morro

Ai... não morro

Condenado eterno

Apelo em vão

No exílio perpétuo

Deste papel insano

Ai...

Poeta insano

Oh, desumano fim

Ai...

Que dor

Me impuseste

Que penas

Na tua funesta pena!

Ai...

Espumas carrascas

Rasgando-me

Roendo-me

Esburacando-me

Ai...

Infeliz azul

Febril visão

Ferindo ferindo ferindo

Rindo rindo rindo

Ai...

Que os céus me engulam

Que os mares se incendeiem

Que os livros se queimem

Que os poetas morram

Preta Fá
Enviado por Preta Fá em 16/01/2012
Reeditado em 06/02/2012
Código do texto: T3443343