Olhos

Olhos

Fartos de amor são plenos

São cheios, alheios, repletos

Transbordantes de calor

São espelhos e reflexos de luz

Que tudo desnuda

Transmutam e transcendem...

São o cedo, o cedo mesmo

São o amanhecer no anoitecer

São infinitos no prometer

São profundos no acontecer

São perenes no presente

São suaves, brilhos da face.

São o iluminar do futuro

Fechados, é o escuro do passado

Expressam os inícios e os fins

Dos amantes são as lentes

Refletindo os sentimentos

Nos carentes, aliam-se às tristezas.

Da traição são cúmplices

Das emoções os indícios

Da alma o ninho

Das crianças a ternura

Do amor o carinho

Da dor o abrigo.

Das estrelas inimigos

Do sol vivem escondidos

Da lua o aliado

Da morte o exílio

Da vida o imensurável

Do eterno universo.

Paulo Augusto Menezes
Enviado por Paulo Augusto Menezes em 17/02/2013
Reeditado em 03/01/2015
Código do texto: T4144428
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