O Andante

O andante vaga solito,

Nos campos e matas,

Deste Rio Grande infinito,

Buscando fazer ninho nas palavras,

E retratar o que tem de mais bonito.

O gaúcho continentino,

O paisano,

É um corcel indomável,

Que traz no seu peito xirú,

Um coração afável,

E um amor por esta terra,

Que não cabe dentro de si,

Muito menos em vãs composições,

Que moram adstritas nas palavras,

E que compõe ricas versificações.

No assoviar lindo da cotovia,

É um som natural,

Algo que rememora às lembranças boas,

É a pura magia,

Desta pátria sulina,

Que abriga uma riqueza cultural sem par.

E o andante vaga,

Juntando aqui e ali,

Até uma simples baga,

E viver...

A vida tem muitos solavancos,

Não é tropel sossegado de um zaino,

Está mais pra potro xucro,

Que teima em cabrestiar.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 02/01/2024
Código do texto: T7967557
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