DESTINO

DESTINO

Sabe-se lá

Em que lugar

Encontra-se meu desatino.

Se lágrimas foram perdidas

Tantas foram repartidas.

Uma pancada na porta,

Atendo o chamado

E respondo ao mesmo tempo

Que é o destino.

O mesmo eu construí

De modo tão repentino.

Uma porta,

Um chamado na consciência.

Respostas,

Canções que não são de decadência.

Destino, residência que com minhas mãos

Construí.

Mundo e reflexões

Estas histórias eu escrevi.

Correntes e memórias

A tudo conciliou o destino

De modo tão repentino.

Uma passagem por vales ásperos.

Uma linguagem repleta de sábios murmúrios

E uma viagem sangrenta para muitos semelhantes.

Planeta, atrações, reações,

Estas cantigas constelação de violeiro

Mil acordes para meu destino.

Ternura, quente envolvimento

Minhas amigas, hipnotismo pelo olhar quente

E felino.

Mil mulheres para meu destino.

Oceanos, arrebatamentos de ondas

Estas canoas, a alma jovem,

Constelação de menino

Mil embarcações para meu destino.

FERNANDO MEDEIROS

Campinas, é outono de 2008.