À MERCÊ

Com que cruéis brincadeiras,
criação e movimento,
tentam fieiras de estrelas
e à luz do sombreamento
desatam, n'alma,cadeias
das metáforas mais belas?

Onde, pergunto, onde,
está a mais densa beleza?
Num canto em que se esconde
a paixão da minha certezas?

Na história das sangrias
ou, no rolar sem destino
dos fluidos, desatinos
das marés e das feridas
em nosso abandono à sorte?
Talvez tentar fazer vida
como em linha de montagem
gente a virar viagem...
Resta por fim, a poesia
curto atalho que desvia
um certo encontro com a morte.
Elane Tomich
Enviado por Elane Tomich em 17/01/2006
Reeditado em 19/10/2013
Código do texto: T100117
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